ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS BRANCOS ARTESANAIS COMERCIALIZADOS NO MERCADO MUNICIPAL DE TAUBATÉ - SP.

Abstract

A comercialização de produtos artesanais de origem animal é regulamentada no território brasileiro mediante selo de identificação artesanal, além do órgão de fiscalização do produto. O queijo Minas frescal é um dos mais populares do Brasil, e seu alto teor de umidade associado ao método de processamento e de armazenamento desse produto o tornam muito perecível, e o risco de contaminação se torna maior quando é feito de maneira artesanal e sem fiscalização. Este trabalho teve como objetivo analisar perfil microbiológico de 10 amostras de queijo branco artesanal comercializados no Mercado Municipal de Taubaté-SP e comparar com um grupo controle de queijos industrializados e certificados. As amostras foram obtidas de produtores e lotes diferentes escolhidos ocasionalmente, sendo transportadas sob refrigeração em caixa térmica e cubos de gelo. As amostras foram abertas próximo à chama do bico de bunsen e a coleta foi realizada na superfície do queijo com swab estéril, que foi imerso em seguida em 2 mL de salina estéril e agitado em agitador de tubos. Uma alíquota de 100ul da suspensão pura e das diluições 10-1, 10-2, 10-3 e 10-4 foram semeadas nos meios de cultura seletivos para enterobactérias (ágar Mac Conkey), Salmonella, Shigella (ágar SS), Escherichia coli (ágar Eosina Azul de Metileno) e Staphylococcus aureus (ágar Manitol Salgado). Pode-se observar um crescimento muito maior (por unidades formadoras de colônias/ml) em todas as amostras de queijos artesanais em relação ao controle para todos os micro-organismos estudados. O resultado obtido é de extrema importância, uma vez que indica a presença de microrganismos com potencial patogênico para causar infecções intestinais ou intoxicações alimentares. Este alerta destaca a necessidade de precaução e medidas apropriadas para garantir a segurança alimentar e a saúde pública.