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Título: AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS USUÁRIOS DE PSICOTRÓPICOS NOS MUNICÍPIOS DE TREMEMBÉ E PINDAMONHANGABA
Autores: SANTOS, Estela Américo dos
ALMEIDA, Mônica de Lima
ESTÁCIO, Stéfani Cecília Suveges Ayres
Palavras Chave: Sistema Único de Saúde
Perfil sócio-cultural de usuários
Psicotrópicos
Farmácia
Data: 30-Jul-2015
Resumo: O uso de psicotrópicos no Brasil é considerado exacerbado e indiscriminado. O acesso facilitado aos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e os médicos não psiquiatras prescrevendo fármacos psicotrópicos podem explicar tal fato. Dados revelam que os gastos com medicamentos têm atingido cerca de 1/3 da verba destinada para a atenção a saúde. Esses valores podem estar relacionados com o pouco controle exercido pelo Estado na produção e comercialização de medicamento, à propaganda da indústria farmacêutica, ineficiência de alguns medicamentos e baixa renda da população. As drogas psicotrópicas são utilizadas no tratamento da esquizofrenia, ansiedade, transtornos do humor, depressão, insônia entre outros. Os principais grupos destes medicamentos são os antipsicóticos, ansiolíticos e hipnóticos, antidepressivos e estabilizantes de humor.Podem apresentar efeitos colaterais como boca seca, vertigem, ganho de peso, visão embaçada, podendo levar à perda de consciência emorte.O presente trabalho avaliou o perfil dos usuários de psicotrópicos, atendidos por duas unidades do SUS, das cidades de Pindamonhangaba e Tremembé. Cem pacientes foram entrevistados através de questionário de perguntas fechadas, respondidos pelo próprio paciente ao retirar o medicamento. As perguntas foram sobre o perfil sócio-cultural e os medicamentos utilizados. O maior número de entrevistados foram mulheres, casadas e com filhos, sendo que a grande maioria reside na área urbana. A maior parte dos entrevistados possuía ensinos fundamental e médio completos. O transtorno que mais afligia os entrevistados era depressão, seguida de ansiedade e insônia. Os prescritores mais frequentes foram psiquiatras, seguidos de clínicos gerais, neurologistas e ginecologistas. Cerca de 95% dos indivíduos que participaram da pesquisa faziam uso de psicotrópicos há mais de 14 meses, e alguns os usam por cerca de 14 anos. Os resultados ainda indicaram que as mulheres sofrem mais de depressão que os homens, principalmente ao perderem seus companheiros; seguidas daquelas que possuem filhos. Os homens apresentaram maior índice de convulsão. Por se tratar de uma classe de medicamentos que pode provocar efeitos colaterais graves, o profissional farmacêutico pode e deve acompanhar o uso dessas medicações para promover um uso racional, seguro e eficaz ao paciente.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/254
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