PROBLEMAS E PROJETOS LOGÍSTICOS – ANÁLISE DO ESCOAMENTO DA SOJA EM GRÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO ATÉ O PORTO DE SANTOS

Abstract

A soja foi um dos produtos que mais obteve crescimento no Brasil e seu consumo na alimentação humana, fora a exploração na indústria para o desenvolvimento de biodiesel e tintas que encontram-se em crescente expansão. Só a China é responsável pela compra de 60% da soja brasileira. Uma eficiente estrutura logística de portos, juntamente com o uso adequado de transporte, contribui para reduzir custos e melhorar a qualidade das entregas, mas o que se vê hoje no Brasil quanto ao transporte da soja é totalmente o contrário. Produtos de baixo valor agregado, como a soja, não devem ser transportados por longas distâncias via rodovia, pelo fato de encarecer o produto e torna-lo menos competitivo no mercado externo. O Porto de Santos recebe em média dez mil caminhões diariamente prontos para descarregar diversos produtos, tendo o acesso ao porto o grande gargalo. Levando-se em consideração que o fluxo rodoviário aumenta 20% a cada quatro anos e que a produção de soja só tende a crescer, nos deparamos com o risco de haver um estrangulamento das operações caso nada seja feito. Tendo assim como objetivo deste trabalho conhecer os principais gargalos existentes no processo de escoamento da soja através do porto de Santos, conhecendo as diferenças entre os modais ferroviário e rodoviário para o transporte da mesma. Para a realização deste estudo foi utilizada de pesquisa bibliográfica e documental. Verificar a carência que existe na infraestrutura logística brasileira e o quanto os produtores perdem por conta desta deficiência. Perdas devido à priorização do transporte rodoviário para o transporte do grão e a infraestrutura defasada do porto e das principais estradas e ferrovias que ligam o produtor aos portos. O custo envolvido é um dos principais problemas enfrentados, pois o uso de caminhões sai quatro vezes mais caro do que transportar por ferrovias.