FISIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA PEDIÁTRICA: Revisão bibliográfica

Abstract

O presente trabalho tem por objetivo investigar as diferentes condutas fisioterapêuticas utilizadas no pré e pós-operatório de cirurgias cardíacas pediátricas. Trata-se de um estudo de revisão de literatura, no qual foram utilizados artigos científicos em português e inglês de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme e Pubmed, nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e PEDro publicados entre os anos de 2003 a 2018. Para a construção do trabalho foram incluídos estudos que estivessem disponíveis na íntegra, que a população-alvo da pesquisa fosse composta por crianças submetidas à cirurgia cardíaca, e que incluíssem um protocolo fisioterapêutico no pré e pós-operatório. A atuação fisioterapêutica no pré-operatório consiste em assegurar a integridade da permeabilidade das vias aéreas e ventilação pulmonar, para isso utilizam-se manobras de higiene brônquica. No pós-operatório imediato, o fisioterapeuta tem por objetivo garantir um posicionamento adequado no leito, preservar os acessos, drenos e a manutenção da ventilação, auxílio da circulação sistêmica, além da monitoração dos sinais vitais. Para crianças intubadas prioriza-se o desmame ventilatório e a extubação. No pós-operatório, há diminuição da complacência pulmonar devido à incisão cirúrgica, por este motivo é de fundamental importância a atuação do fisioterapeuta na prevenção de complicações, como a atelectasia, a qual é considerada a principal complicação pós-operatória. A atuação fisioterapêutica pré-operatória por meio de exercícios respiratórios e cinesioterapêuticos é capaz de prevenir complicações respiratórias e motoras desencadeadas pelas cardiopatias, além de melhorar a força muscular, enquanto que no pós-operatório, a fisioterapia é capaz de reduzir a dor do paciente, promover melhora da ventilação pulmonar, adequar o posicionamento no leito e minimizar o risco de complicações que podem surgir posteriormente à cirurgia, a fim de proporcionar um melhor prognóstico para os pacientes pediátricos e acelerar a alta hospitalar.