EXERCÍCIO AERÓBICO NA SÍNDROME METABÓLICA: Revisão bibliográfica

Abstract

A síndrome metabólica pode ser definida por meio da combinação de três ou mais condições presentes, sendo, altos níveis de triglicerídeos, pressão arterial e glicemia em jejum, obesidade central e baixos níveis de colesterol HDL. No tratamento não medicamentoso, orienta-se o paciente sobre a importância de se adotar um estilo de vida saudável, com a inclusão de exercícios físicos e uma dieta balanceada. Sabe-se que o exercício aeróbico é considerado um fator efetivo para manter e melhorar a atividade cardíaca e proporcionar melhor qualidade de vida ao indivíduo. Objetivo: Verificar os principais benefícios, indicações e efeitos fisiológicos do exercício aeróbico como ferramenta não farmacológica na prevenção e ou tratamento de pacientes com síndrome metabólica. Método: Trata-se de um estudo de revisão de literatura, no qual foram utilizados artigos científicos em português e inglês de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme e Pubmed, nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e PEDRo, publicados entre os anos de 1998 à 2016. A busca pelos artigos utilizados no respectivo estudo ocorreu no período de agosto de 2016 a julho de 2017. Para a construção do trabalho foram incluídos estudos que estivessem disponíveis na íntegra, a população-alvo da pesquisa fosse composta por indivíduos portadores de síndrome metabólica, e os que incluíam exercícios aeróbicos junto ao programa de tratamento. Resultados: Um protocolo de tratamento que utiliza o exercício aeróbico como principal ferramenta, consegue proporcionar de forma significativa uma melhora das comorbidades que constituem a síndrome metabólica. Tem-se discutido sobre qual a melhor intensidade para a realização desse tipo de exercício. Estudos demonstram que os exercícios aeróbicos intermitentes realizados com alta intensidade (70 a 90% do consumo máximo de oxigênio) em curto período de tempo (5 a 10 minutos) apresentam uma maior efetividade, conseguindo reverter os fatores de risco que levam ao desenvolvimento da síndrome metabólica, melhorando a composição corporal, a potência aeróbica máxima e a glicemia em jejum, em um menor período de adesão. Outros autores concluíram que o exercício aeróbico de intensidade moderada (50 a 60% do consumo máximo de oxigênio) consegue proporcionar a melhora dos fatores de risco cardiometabólicos e da capacidade funcional, no entanto, é necessário um maior período de adesão e frequência na realização do mesmo. Conclusão: O exercício aeróbico é capaz de agir como ferramenta não farmacológica para a prevenção e ou tratamento da síndrome metabólica e de suas comorbidades, diminuindo os fatores de risco associados a doença e melhorando a capacidade funcional, no entanto torna-se necessário viabilizar qual a melhor intensidade a ser utilizada de acordo com a condição física do indivíduo.